terça-feira, 17 de junho de 2008

Principais características




Personagens:

Tiãozinho - Menino-guia. Odiava o Agenor, pois o malvado vivia fazendo carinho na mãe de Tiãozinho, mesmo quando o pai do menino ainda estava vivo, entrevado em cima de um jirau.

Agenor Soronho - Carreiro. Mandava em Tiãozinho como se fosse pai dele.

Januário - Pai de Tiãozinho.

Buscapé, Namorado, Capitão, Brabagato, Dansador, Brilhante, Realejo e Canindé - protagonistas bovinos da história, que vão à sua marcha lenta, carregando “o peso pesado” do carro-de-bois, cheio de rapaduras e um defunto.

Obs: (jirau: designação de qualquer estrado ou palanque de construção definitiva ou provisória)

Enredo: A história se passa em uma estrada no sul de Minas Gerais.

O narrador abre a história contando um fato: houve um tempo em que os bichos conversavam entre eles e com os homens, pondo em dúvida se ainda podem fazê-lo e ser entendidos por todos.

Tiãozinho sofre com a morte do pai e com a de Didico. Sofre também o calor, o cansaço e os maus-tratos que recebe do carreiro Agenor, que o faz sofrer, que aguilhoa brutalmente os bois. Por doença e morte de seu pai, Tiãozinho ficara totalmente dependente de Agenor Soronho, que sustenta a família do menino, interessado em se tornar amante da viúva, com quem mantivera já misteriosas relações, durante a doença do pai de Tiãozinho.

“Os bois vão conversando entre si sobre a opressão feita pelos homens e a possibilidade de vencerem sua superiori­dade. Sentem-se solidários com o menino. (Humanização dos bois, eles entendiam o ser humano assim como Baleia entendia Fabiano em Vidas Secas.)”

Para os bois, Agenor é um bicho; as covardias e despropósitos fazem dele um ser não tão forte quanto um boi.

Ao caminhar, Agenor dormiu. O perigo era iminente. Se caísse, as rodas do carro de boi passariam por cima dele. Na frente dos bois, Tiãozinho andava meio acordado, meio dormindo. Nesse quase estupor, o pensamento coincidia com a fala dos bois. Era como se o menino fosse boi também. Os bois entendiam o pensamento dele: falava em vingança, em morte do carreiro. De repente, meio inconsciente, Tiãozinho deu um grito, os bois saltaram, todos ao mesmo tempo, para frente, a carroça tremeu e Agenor Soronho teve seu pescoço preso a roda. Estava morto.

O pai de Tiãozinho, Januário, vivia, há muitos anos, entrevado e cego em cima de um jirau.

Conflito: O conflito se passa em volta da personagem principal, Tiãozinho.
Tiãozinho é apenas umas criança , uma pessoa inocente que não sabe como se livrar do mau, do inferno em que ele se encontra. O "inferno" de sua vida é Agenor que o trata muito mal. Com isso o pequeno menino encontra sua força nos bois para resolver seu problema. Os bois entendem os pensamentos de Tiãozinho e se identificam com ele, formando uma só personagem
metade humana metade animal. A parte homem do ser antropomórfico, o menino “humano”, não possui o dom da palavra. A palavra surge na consciência dos bois. Ao menino, cabe apenas o desejo de "vingança" e a vergonha imposta pela atitude incerta da mãe.

Narrador: Terceira pessoa, discurso indireto livre, narrado por Manuel Timborna.

Desfecho: A roda esquerda do carro acolhera o pescoço de Agenor Soronho após a corrida dos bois. Agenor morre. Tiãozinho sabe que não é sua culpa mas mesmo assim, no primeiro momento, sente remórcio por acreditar que Agenor não era um homem mau- de-todo. Assim a caminhada continua e agora com dois defuntos, o que talvez melhore a viagem, pois até o carro esta contente.

Moral: A moral da história surge em volta das personagens principais, Tiãozinho e Agenor que representam na trama o "bem" e o "mau". Assim o que se pode ter como moral é que o mau existente nos homens sempre tem que ser combatido e que o bem e as pessoas boas sempre vencem.

http://br.youtube.com/watch?v=q9NR7NOeoZQ

Um comentário:

Unknown disse...

Ma queridaa!!


obrigada por salvar tinha vida!!!
tah o máximoo!!

bjocass