quarta-feira, 18 de junho de 2008

Observações sobre o conto "Conversa de Bois"

- Tiãozinho representa o "bem"
- Agenor representa o "mal"
- A história é narrada por Manuel Timborda através de um Flash-Back
- A mãe de Tiãozinho vivia se engraçando com Agenor mesmo antes da morte de ser marido Januário
- Tiãozinho se espelha muito em seu pai e sente muito a sua falta.
- Tiãozinho e o boi Brilhante têm muita relação pois ambos se entendem. Brilhante ao ver o sofrimento de Tiãozinho quer se livrar de Agenor tanto quanto o menino.
- Os dois sofreram com a perda de parentes queridos ( Tiãozinho perdeu o pai e Brilhante o irmão)
- Brilhante é quem guia os bois e após a morte de Agenor, Tiãozinho que terá que guiar a sua própria vida.
- O boi não é apenas ícone da natureza, ele se torna personagem ativo. Passa nesse momento, a formar com o menino Tiãozinho uma só personagem, metade humana metade animal. À parte homem do ser antropomórfico, o menino “humano”, não possui o dom da palavra. A palavra surge na consciência dos bois. Ao menino, cabe apenas o desejo de vingança e a vergonha imposta pela atitude incerta da mãe.

- No desfecho a roda esquerda do carro acolhera o pescoço de Agenor Soronho após a corrida dos bois. Agenor morre.
-Tiãozinho sabe que não é sua culpa mas mesmo assim, no primeiro momento, sente remorso de ter desejado algo tão ruim para Agenor. Depois se dá conta de que ele não era um homem assim tão mau.
- Tiãozinho não pode ser caracterizado como malvado, pois é uma criança, ou seja, inocente.

Relacionando contos e obras

CONVERSA DE BOIS X CORPO FECHADO
A relação que pode ser estabelecida entre estes dois contos de Sagarana é:

Moral: Nos dois contos o bem vence o mal. No conto Corpo Fechado, Manuel Fulô (representa o bem na história) tem seu "corpo fechado" por um curandeiro e vence Targino (representa o mal), que acaba morrendo.

Humanização dos animais: No conto Corpo Fechado, a besta Beija Flor de Manuel Fulô é tratada como um humano, pensa e age como um e está sempre "cuidando" de Manuel.

Espaço: Ambos os contos acontecem em Minas.

Obs: No conto Conversa de Bois, existe o interesse de Agenor Soronho na mulher de Januário (pai de Tiãozinho) e no conto Corpo Fechado, o interesse de Targino na mulher de Manuel Fulô.

CONVERSA DE BOIS X VIDAS SECAS
A relação que pode ser estabelecida entre o conto de Sagarana e a obra de Graciliano Ramos, Vidas Secas é:

Humanização dos animais: Em Vidas Secas a cachorra Baleia é humanizada pois em grande parte da obra guia a família e vive os mesmos problemas e também porque entende as personagens e age como um humano ( as personagens também se identificam com a cachorra). No conto Conversa de Bois a humanização do boi é muito parecida com a de Baleia. Ele vivencia todo o sofrimento de Tiãozinho, passa a pensar e ter os mesmos sentimentos que um humano, e é o boi que guia Tiaozinho e Agenor durante a história.

Semelhanças entre as personagens: Podemos relacionar Tiãozinho com duas personagens de Vidas Secas, o Irmão mais velho e o Irmão mais novo.
O irmão mais velho assim como Tiãozinho se identifica e se espelha muito em seu pai e também vive perguntando o que significa inferno.Tiãozinho se vê no inferno por ter que conviver com Agenor.
O irmão mais novo se identifica muito com a cachorra Baleia assim como Tiãozinho e o boi Brilhante.

CONVERSA DE BOIS X A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA
A relação que pode ser estabelecida entre estes dois contos de Sagarana é:

Semelhanças entre as personagens:
Augusto Matraga é uma personagem que possui três
mágoas:
-A perda da proteção de seu grupo.
- A fuga da mulher e de sua filha.
- A marcação a ferro na testa.

Tiãozinho também possui três mágoas:
- A perda de seu pai.
- O "desgosto" pela mãe.
- O fato de ter que conviver com Agenor que é o "inferno" de sua vida.

CONVERSA DE BOIS X SARAPALHA

- o desejo da mulher do próximo


CONVERSA DE BOIS X BURRINHO PEDRÊS E A VOLTA DO MARIDO PRÓDIGO

- a questão da humanização da dos animais
- o desejo de Badu com a mulher do próximo



terça-feira, 17 de junho de 2008

OX PROTEIN



Existem momentos em nossas vidas que precisamos de uma ajuda para conseguir o que realmente queremos, seja ela qual for. Isolar-se do mundo, ou simplesmente esquecer que os problemas existem não trará a solução.
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Principais características




Personagens:

Tiãozinho - Menino-guia. Odiava o Agenor, pois o malvado vivia fazendo carinho na mãe de Tiãozinho, mesmo quando o pai do menino ainda estava vivo, entrevado em cima de um jirau.

Agenor Soronho - Carreiro. Mandava em Tiãozinho como se fosse pai dele.

Januário - Pai de Tiãozinho.

Buscapé, Namorado, Capitão, Brabagato, Dansador, Brilhante, Realejo e Canindé - protagonistas bovinos da história, que vão à sua marcha lenta, carregando “o peso pesado” do carro-de-bois, cheio de rapaduras e um defunto.

Obs: (jirau: designação de qualquer estrado ou palanque de construção definitiva ou provisória)

Enredo: A história se passa em uma estrada no sul de Minas Gerais.

O narrador abre a história contando um fato: houve um tempo em que os bichos conversavam entre eles e com os homens, pondo em dúvida se ainda podem fazê-lo e ser entendidos por todos.

Tiãozinho sofre com a morte do pai e com a de Didico. Sofre também o calor, o cansaço e os maus-tratos que recebe do carreiro Agenor, que o faz sofrer, que aguilhoa brutalmente os bois. Por doença e morte de seu pai, Tiãozinho ficara totalmente dependente de Agenor Soronho, que sustenta a família do menino, interessado em se tornar amante da viúva, com quem mantivera já misteriosas relações, durante a doença do pai de Tiãozinho.

“Os bois vão conversando entre si sobre a opressão feita pelos homens e a possibilidade de vencerem sua superiori­dade. Sentem-se solidários com o menino. (Humanização dos bois, eles entendiam o ser humano assim como Baleia entendia Fabiano em Vidas Secas.)”

Para os bois, Agenor é um bicho; as covardias e despropósitos fazem dele um ser não tão forte quanto um boi.

Ao caminhar, Agenor dormiu. O perigo era iminente. Se caísse, as rodas do carro de boi passariam por cima dele. Na frente dos bois, Tiãozinho andava meio acordado, meio dormindo. Nesse quase estupor, o pensamento coincidia com a fala dos bois. Era como se o menino fosse boi também. Os bois entendiam o pensamento dele: falava em vingança, em morte do carreiro. De repente, meio inconsciente, Tiãozinho deu um grito, os bois saltaram, todos ao mesmo tempo, para frente, a carroça tremeu e Agenor Soronho teve seu pescoço preso a roda. Estava morto.

O pai de Tiãozinho, Januário, vivia, há muitos anos, entrevado e cego em cima de um jirau.

Conflito: O conflito se passa em volta da personagem principal, Tiãozinho.
Tiãozinho é apenas umas criança , uma pessoa inocente que não sabe como se livrar do mau, do inferno em que ele se encontra. O "inferno" de sua vida é Agenor que o trata muito mal. Com isso o pequeno menino encontra sua força nos bois para resolver seu problema. Os bois entendem os pensamentos de Tiãozinho e se identificam com ele, formando uma só personagem
metade humana metade animal. A parte homem do ser antropomórfico, o menino “humano”, não possui o dom da palavra. A palavra surge na consciência dos bois. Ao menino, cabe apenas o desejo de "vingança" e a vergonha imposta pela atitude incerta da mãe.

Narrador: Terceira pessoa, discurso indireto livre, narrado por Manuel Timborna.

Desfecho: A roda esquerda do carro acolhera o pescoço de Agenor Soronho após a corrida dos bois. Agenor morre. Tiãozinho sabe que não é sua culpa mas mesmo assim, no primeiro momento, sente remórcio por acreditar que Agenor não era um homem mau- de-todo. Assim a caminhada continua e agora com dois defuntos, o que talvez melhore a viagem, pois até o carro esta contente.

Moral: A moral da história surge em volta das personagens principais, Tiãozinho e Agenor que representam na trama o "bem" e o "mau". Assim o que se pode ter como moral é que o mau existente nos homens sempre tem que ser combatido e que o bem e as pessoas boas sempre vencem.

http://br.youtube.com/watch?v=q9NR7NOeoZQ